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28/10/2014

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Professores da Universidade de Córdoba compartilham experiências e esperança em escolas do Brasil

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Os professores Blas Segovia e Carlota de León, da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Córdoba (UCO), na Andaluzia, Espanha, estão de visita ao Brasil durante um mês. Ambos são integrantes da Aula de Mejora Educativa (AME), um espaço de encontro e pesquisa dentro da UCO para o desenvolvimento e difusão de Comunidades de Aprendizagem, que tem parceria com o CREA (Centro Especial de Investigación en Teorías y Prácticas Superadoras de Desigualdades ) da Universidade de Barcelona.

Na Andaluzia há atualmente cerca de 80 escolas transformadas ou em processo de transformação em Comunidades de Aprendizagem. O programa é coordenado pela Consejería de Educación de la Junta de Andalucía (equivalente, no Brasil, à secretaria estadual de educação), com o apoio de uma rede de instituições, que inclui a AME. Esta atua diretamente na implementação do projeto, realizando sensibilizações e acompanhamento nas escolas, formação de professorado e facilitando a participação de voluntariado universitário - além de realizar pesquisas acadêmicas. No momento estão desenvolvendo, também, materiais para formação de voluntariado em geral.

A visita destes “professores tão esperançosos” – nas palavras de Manoel Felismino Santos, coordenador da EE Salvador Moya – tem como objetivo  aprofundar a parceria entre a AME e o NIASE (Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa), da Universidade de São Carlos, e ver de perto a implementação de Comunidades de Aprendizagem no Brasil, como parte de um projeto de pesquisa sobre a realização do projeto fora da Espanha.

Segovia e de León chegaram ao país no dia 4 de outubro e ficarão até 5 novembro. Durante o período estão baseados em São Carlos, desenvolvendo ações conjuntas com o NIASE nos âmbitos de pesquisa acadêmica, formação de professorado e formação de voluntariado; e realizando visitas às escolas que são Comunidades de Aprendizagem na cidade: EMEB Arthur Natalino Deriggi e EMEB Antonio Stella Moruzzi. Além disso, viajaram ao Rio de Janeiro e a São Paulo para visitar escolas apoiadas pelo Instituto Natura: EM Coelho Neto e EM Epitácio Pessoa (ambas no Rio de Janeiro) e EE Salvador Moya, de São Paulo.

 Carlota de León em Grupos Interativos na EM Epitácio Pessoa

 Blas Segovia e Carlota de León em Tertúlia Dialógica na EE Salvador Moya

Nas escolas, eles puderam trocar experiências com as equipes gestoras, que ficaram encantadas com seus conhecimentos e paixão pelo projeto, e observar e participar de Atuações Educativas de Êxito como Grupos Interativos e Tertúlias Dialógicas. Nas escolas do Rio, participaram também de reuniões das Comissões de Voluntariado. Na EE Salvador Moya, conversaram com alunos que estavam trabalhando na execução de um dos sonhos da escola: a realização do evento “Apresentação Cultural”, em que alunos e ex-alunos farão apresentações de música, dança, teatro, etc., no próximo dia 30 de outubro.

Entusiasmados com o que viram, eles relataram suas impressões. “Comunidade de Aprendizagem é um projeto que à primeira vista, para quem vem de fora, surpreende e até assusta. A sensação que eu levo daqui é que pressupõe um ‘percorrer’, algumas escolas já têm o modelo bem consolidado, outros começam a caminhada. O que está claro, pela experiência que nós temos na Andaluzia, é que durante os dois primeiros anos não devemos ficar nervosos, porque a mudança mais significativa começa no terceiro ano”, observou Segovia. De León complementou: “Seria interessante, uma vez que as comunidades no Brasil tenham uma trajetória de dois anos, fazer uma análise diagnóstica de por que algumas têm um percurso e outras têm outro. A chave, no começo, é a participação do professorado. Os alunos, quando veem que tem espaços de participação, se apaixonam pelo projeto. Os professores, em geral, precisam ser cortejados.” Segovia agregou: “De fato, o professorado é fundamental para a arrancada do projeto, mas para a consolidação a chave é a participação da comunidade.” Ao que de León concluiu: “Definitivamente. Comunidade de Aprendizagem não dá certo com quatro pessoas, ele dá certo com toda a comunidade.” 

Por Maria Julia Bottai

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