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04/12/2014

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Participação das famílias na educação escolar é tema de pesquisas no Brasil e Espanha

Participação das famílias na educação escolar é tema de pesquisas no Brasil e Espanha

A proposta Comunidade de Aprendizagem enfatiza dois fatores para garantir o aprendizado na sociedade atual: as interações e a participação das famílias e da comunidade na escola.

Para garantir o êxito educativo de todos os alunos, o projeto promove o envolvimento direto das famílias e da comunidade em todos os espaços de aprendizagem da escola, inclusive da aula. Familiares e a comunidade participam também de todas as decisões no que se refere à educação de seus filhos.

Dois estudos recentes, um feito no Brasil e outro feito na Espanha, abordam a participação das famílias na educação escolar e oferecem dados e conclusões relevantes, que reforçam a importância de ações para promover esta participação.

Pesquisa traça perfil de participação dos pais brasileiros

(Fonte: Portal Porvir)

No Brasil, a pesquisa “Atitudes pela Educação” mapeou o comportamento da família ou dos responsáveis em relação à rotina escolar de crianças e jovens de todo país. A pesquisa foi promovida a partir de uma parceria entre o Todos Pela Educação, Fundação Roberto Marinho, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Itaú Social, Instituto Unibanco e Instituto C&A, com realização do Instituto Paulo Montenegro e do IBOPE Inteligência.

O estudo considerou duas dimensões de comportamento dos pais: a valorização da educação e o vínculo do adulto com a criança ou jovem. De acordo com Alejandra Meraz Velasco, coordenadora geral do movimento Todos Pela Educação, a valorização está relacionada a atitudes e práticas do adulto ligadas ao cotidiano escolar, enquanto o vínculo considera comportamento e relacionamento afetivo com a criança.

A partir do cruzamento entre essas duas variáveis, os pais ou responsáveis foram classificados em cinco perfis de participação da vida escolar das crianças e adolescentes: comprometidos, envolvidos, vinculados, intermediários e distantes, sendo os comprometidos aqueles que apresentaram maior graduação na escala que combina vínculo e valorização, e distantes o menor grau.

No total, apenas 12% dos entrevistados foram classificados como “comprometidos”. A maioria dos entrevistados (27%) se enquadrou na categoria “vinculados”, ou seja, os que praticam, em geral, mais ações de vínculo do que de valorização. Os “envolvidos” representam 25% da amostra. São pais que praticam mais ações de valorização do que de vínculo.

Os “intermediários” somam 17% e os “distantes”, grupo que apresenta pouca participação no ambiente escolar e dá pouco espaço de diálogo para as crianças e adolescentes, equivalem a 19% dos pais entrevistados.  

Estudo espanhol recomenda políticas públicas que promovam participação real dos pais

Na Espanha, o Consejo Escolar del Estado (Conselho Escolar do Estado), órgão ligado ao Ministério de Educação, Cultura e Esporte, apresentou no mês de novembro o estudo “La participación de las familias en la educación escolar” (A participação das famílias na educação escolar).

O relatório –realizado com uma grande amostra de famílias e escolas espanholas– analisa, entre outros aspectos, a relação entre o grau de participação dos pais na educação escolar e os resultados acadêmicos de seus filhos.

Entre as principais conclusões do estudo, encontram-se:

- As altas expectativas acadêmicas dos pais com relação aos filhos, a supervisão das tarefas de casa e a comunicação fluida são fatores que melhoram o desempenho;

- O sentimento de pertencimento à escola, a abertura dos professores, e a participação dos pais nas atividades realizadas pela escola são variáveis que se associam de forma positiva com os resultados acadêmicos;

- Os pais reconhecem sua escassa participação nos conselhos escolares das escolas. No Secundário (equivalente ao Ensino Médio), apenas um quinto está disposto a ser membro dos mesmos.

A partir dos dados coletados, o Conselho Escolar do Estado elabora uma série de recomendações às famílias, escolas e gestão pública da educação. Entre elas, recomenda tanto às escolas como às Associações de Pais e Mestres que ofereçam aos pais e professores formação de qualidade em termos de participação escolar.

Além disso, as escolas devem desenvolver e implementar estratégias para aumentar o sentimento de pertencimento entre os pais, uma vez que este se revela como um fator chave no desempenho.

Finalmente, aconselha os gestores públicos da educação a desenhar políticas que promovam uma participação real dos pais, especialmente em escolas situadas em localidades mais desfavorecidas. 

Acesse aqui o estudo na íntegra (em espanhol). 

Por Maria Julia Bottai

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